sexta-feira, 27 de abril de 2012

Novo Código Florestal versus desenvolvimento sustentável


    O Brasil retrocedeu pelo menos 40 anos em matéria ambiental, depois da vitória dos ruralistas e do agronegócio sobre o Código Florestal, o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. O governo da presidente Dilma Roussef mostrou fraqueza, debilidade e nenhum jogo de cintura na votação do projeto ambiental no senado e na câmara. Com a proximidade da RIO+20 perdemos a grande oportunidade de mostrar ao mundo a melhor legislação ambiental do século XXI.
    A presidente Dilma decide se sanciona ou veta o texto da câmara, o projeto pode ser vetado parcial ou integralmente.  A nova lei do Código Florestal brasileiro terá que passar pela sanção da presidente. O texto que mais tinha agradado ao governo perdeu por 274 votos a 184. O relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) foi aprovado, enquanto o texto mais simpático ao Palácio do Planalto foi derrotado na câmara.
    Há no projeto da câmara pontos divergentes e polêmicos, como aqueles que se referem a anistia aos produtores rurais que desmataram florestas nas proximidades de rios, e outros que se referem ao meio ambiente. Nestes, o atrito é sobre a diminuição do limite de recuperação da vegetação em áreas de preservação permanente ( APPs); além da retirada da proteção dos apicuns  e salgados (Apicuns e salgados são áreas situadas ao longo do litoral, que podem ser utilizadas para o cultivo de camarão) que pertencem ao ecossistema manguezal, e que pelo texto do relatório não fazem mais parte das APPs. A pressão agora está em cima dos Estados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário